segunda-feira, 31 de março de 2008

Go, Canucks, go!

Um dia comum, durante a semana. Uma terça-feira, mais especificamente. Dia 8 de janeiro de 2008. E lá estávamos nós, andando de um lado ao outro, esperando dar o horário para nos juntarmos à multidão . É, minha gente. Era dia de jogo. E não era de futebol. O destino era o General Motors Place, estádio de hóquei da equipe do Vancouver Canucks. Explicando de pouquinho agora...

General Motors é uma empresa automobilística mais conhecida pela sigla GM. Fundada nos Estados Unidos, em 1908, emprega 327.000 trabalhadores e é a maior companhia do ramo. Atualmente, a GM passa por uma fase complicada, teve várias fábricas fechadas e um prejuízo nada pequeno. O estádio de hóquei da cidade de Vancouver foi construído com o patrocínio da GM, que é patrocinadora, também, do time.

Hóquei no gelo é um esporte olímpico jogado entre duas equipes de seis jogadores. Usando sticks (tacos) para movimentar um puck (disco), tem como objetivo fazer com que o pequeno disco seja colocado na baliza do adversário. Um gol equivale a um ponto.
O hóquei no gelo é um dos esportes mais rápidos do mundo, tanto pelo movimento constante e rápido dos jogadores quanto pelas tacadas desferidas, que podem alcançar uma velocidade de mais de 160 quilómetros por hora. E chegam, viu? Pra assistir a um jogo desses, tem que ficar esperto. O puck e os jogadores passam tão rápido que mal dá pra vê-los, rs.

Vancouver Canucks é, como dá pra notar, o time de Vancouver. E o povo ama esse time com todas as forças. Digamos que eles são fanáticos pelo Canucks a ponto de colocar no letreiro dos ônibus a famosa frase "Go, Canucks, go!", que é um 'grito' de incentivo ao time. Algo como "vamos, Canucks, vamos!". Os ingressos para um jogo desse time tão querido vai de $49,25 a $104,00 dólares (canadenses!). E os canadenses pagam mesmo. Pra quem vai pra lá estudar inglês, uma das opções é ir com as escolas. A minha, ILSC - International Language Schools of Canada, fazia excursão duas vezes por mês. Os ingressos saíam por volta de $60,00 dólares cada e a turma toda sentava praticamente junta. O bom dessa coisa toda de ir com a escola é a tranquilidade. Você não precisa sair correndo atrás de ingresso. Basta pagar e dexar seu nome na lista que os próprios funcionários da escola vão buscar e te entregam os ingressos.
Agora, se todas as instituições fazem esse esquema, eu já não sei. Mas não custa se informar. Jogo de hóquei é algo totalmente diferente para nós, brasileiros. Apesar de termos aqui, não é tão popular quanto no Canadá.

Falar de Canucks em Vancouver é como falar de Santos... em Santos! Cerca de 99% da população torce pra esse time. Os integrantes do 1% geralmente não são nascidos na cidade.
Fui dar uma geral no site do time e encontrei um vídeo super recente, de um jogo de ontem, contra o Calgary Flames. Como tinha um jeitinho de "dividir" o vídeo, vou colocar aqui pra vocês terem uma idéia do que é o hóquei. São só os gols, portanto não pensem que o jogo todo é assim. Brigas, trombadas, tacos na cabeça... tudo isso está incluído no pacote, rs. O Canucks joga de azul e a partida foi no General Motors Place. Como eu sei? Tentem identificar, no centro da pista, o símbolo do time!



O resultado desse jogo foi 6 x 2 pro Canucks. E é fácil perceber quando foi gol do "azulzinho", rs. Música de fundo, gritaria e muita, muita comemoração. É comum, após o jogo, eles elegerem o jogador que se saiu melhor na quadra. Esse jogador retorna e dá entrevista. Nesse caso,
Trevor Linden foi o escolhido.

O time é composto por:

-Ataque

Alexandre Burrows, Jeff Cowan, Brad Isbister, Ryan Kesler, Trevor Linden, Brendan Morrison, Markus Naslund, Matt Pettinger, Taylor Pyatt, Mason Raymond, Byron Ritchie, Rick Rypien, Henrik Sedin e Ryan Shannon.

- Defesa

Kevin Bieksa, Alexander Edler, Lukas Krajicek, Nathan McIver, Aaron Miller, Willie Mitchell, Mattias Ohlund, Sami Salo e Mike Weaver.

- Goleiros

Roberto Luongo e Curtis Sanford.

Diferentemente do futebol, um time não joga o tempo todo. Dependendo de onde está o puck, entra o time de defesa, sai o de ataque. Depois volta o de ataque, sai o de defesa. Tudo assim, no meio do jogo. É um tal de entra e sai que ninguém entende, rs. Ninguém que nunca viu, é claro.

O gostoso desse 'programa canadense' é que a torcida do Canucks é pura animação. E a energia é tanta que até os brasileiros entram na onda e saem da cidade torcendo pro tão famoso time. Impossível sair de lá sem estar apaixonado com as 'patinadas' rápidas e a habilidade de todos os jogadores.

E pra quem não dispuser de dinheiro pra assistir a um jogo profissional, existem os jogos amadores, que são tão bons quanto os do Canucks. Mas, cá entre nós, até que é um dinheirinho bem gasto!

Mais uma dica pra quem vai conhecer aquele paraíso... e não quer perder nada de maravilhoso que Vancouver oferece!

"We are all Canucks!!!"

Mariana Pereira

Estrelas sob pés

A professora de minha classe perguntou:


- Aonde iremos para o passeio do fim de semestre?


Várias opções foram dadas como: Aquário, aulas de ioga em um estúdio (eu votei nessa), no Harbour Center (ponto mais alto da cidade, que te permite tiras belas fotos de toda Vancouver), Stanley Park (um dos principais pontos turísticos da cidade), ou ficar na sala de aula vendo aos episódios de Friends.


Tínhamos direito a dois votos. Meu primeiro foi das aulas de ioga (não que estivesse precisando relaxar, mas era mais por curiosidade mesmo) e lógico! Outro voto para, assistir episódios de Friends!


Parece que somente eu havia achado essa idéia interessante.


Logo, de acordo com o número de votos, fomos ao belo Stanley Park.


Por sorte não estava chovendo no dia (o que é muito raro pra época de fim de ano lá), o sol brilhava e o ventinho frio cortava meu rosto (não que eu não gostasse, mas haja hidratante de pele!).


O caminho não foi tão longo, pegamos somente um ônibus, e descemos nas proximidades do destino. Uma pena na verdade, pois tinha comprado aqueles "lanchinhos de viagem", e quando abri o primeiro pacote de cookies, já tinhamos de descer do ônibus.


Ao chegar lá, me deparei pela primeira vez na vida com um lago congelado, cheio de patos, ou qualquer tipo de ave parente deles. Como bons turistas, a cada passo, eu e meus amigos (dois brasileiros, um japonês e três dos milhares de coreanos - preparem-se, pois ao pegar o vôo de Toronto para Vancouver, na escala, você também pode achar que entrou no avião errado, em direção à Coréia) começamos a tirar milhares de fotos.
Em minha opinião, umas das mais belas de minha viagem. O dia estava lindo, e o lugar, perfeito.

Lá fiz novos amigos. O Tico e o Teco. Sério! Dois esquilos que ficaram nos acompanhando todo o trajeto. Até os alimentei, foi bem divertido, até a hora que um deles quase arrancou meu dedo querendo arrancar de minha mão a castanha.


Obs: Não alimente animais no parque. A não ser que você tenha uma luva protetora. O dente deles é bem afiado, sabia?


Enfim, minha professora e também guia turística, era formada em algo relacionado à plantas (não me perguntem o que, já fazem quase dois meses que estive lá.Esqueci, ué) e, para nossa sorte, nos contou um pouco de cada planta . Sei que são diversas espécies e uma que tinha lá, era utilizada para aromatizar as casas. Era bem cherosinha mesmo, mas confira se você não é alérgico a cheiros fortes. Um dos coreanos era.


O máximo que pode te acontecer é uma grise grave de espirros, e você ter que parar de cinco em cinco segundos para espirrar e interromper cada palavra que a professora tenta pronunciar.


Devido ao Sol, o caminho estava levemente coberto de gelo, mas ao se olhar, parecia que o chão brilhava. Pequenas estrelas sob seus pés. Uma imagem memorável.


Um passeio que não custa nem um centavo. Que te trará muitas boas lembranças (dependendo da companhia. Certifique-se que seu acompanhante não é alérgico pra você poder aproveitar mais).


Tire bastante foto. Essa é a ordem. De tudo, cada folha. Um dia, através das fotos, vocês lembrarão de tudo. Até do aroma que o lugar possuía. E a paz que te trazia.


Seu eu recomendo o Stanley Park? DEFINITIVAMENTE SIM.



Uma dica?


Vão ver o pôr-do-sol lá.


Depois me contem como é. E não esqueçam:


MUITAS FOTOS!


Se depois do passeio, você tiver que voltar pra casa, e tiver meio triste porque um dia tão bom já acabou. Faça ioga assistindo à alguns capítulos de Friends.


Deve ser bem interessante.







Beatriz Dias

quarta-feira, 26 de março de 2008

De um lado para o outro...

Ao chegar em Vancouver, como um bom turista, logo você percebe que está perdido. Não se sabe pra onde ir, a quem perguntar e que meio de transporte utilizar.
Assim que cheguei lá, minha querida e olhos-puxados mãe da Homestay (família que te acolhe durante o período da viagem), me mostrou o caminho para a escola. Se antes eu achava que morava longe da faculdade, quando eu percebi a real distancia de minha casa para lá, notei que reclamava a toa. Pelas coordenadas passadas, em um dia de neve e frio em Vancouver, passeando pela cidade para conhecer o caminho, já no primeiro dia, conheci meu melhor amigo da cidade: um cartãozinho chamado 'bus pass'.
Ao possuí-lo (pagando uns malditos 90 dólares), você tem direito (dependendo do cartão que você compra) a andar por toda região, em todos os meios de transporte: ônibus, skytrain e sea-bus.
O preço varia de acordo com as zonas.

A primeira zona,te permite andar de skytrain e ônibus,somente dentro de uma cidade.
A segunda, permite andar em todos os meios e por mais de uma cidade.
A terceira, é mais utilizada pelos moradores da região mais afastada, que é North Vancouver.
Tendo em mãos a segunda zona, não irá lhe faltar nada.
É um preço meio salgado para quem não está acostumado a pagar tão caro por transporte, e quem tem mania de converter o dólar em real.Porém, pensando que é um passaporte mensal, a dor não é tanta.
É necessário que o compre no inicio do mês.Pois são limitados.E se caso você perder a chance de comprar o seu, aí o problema financeiro começa.
Dependendo do horário, passagem pode chegar à 4 dólares. E para as pessoas como eu, que convertem o dinheiro, é uma fortuna para andar de ônibus.
Mas já é um ditado dos turistas brasileiros "Quem converte, não se diverte". Então, o negócio é garantir seu bus-pass no inicio do mês,e tomar muito cuidado.
Pois quem o perde, depois terá que desembolsar um bom dinheiro que poderia ser aproveitado em momentos de lazer, ou, a melhor parte, comida!
Eu morava em Burnaby,uma "cidadezinha" que era vizinha da cidade pricipal, Vancouver.
Para chegar à escola, era necessário, um ônibus, andar até a estação e pegar um skytrain (minha parte favorita do dia). E não é a toa.
Por mais que estivesse lotado e você se sentisse dentro de uma lata de sardinha, as pessoas que você via ali, diariamente, são as mais diferentes possíveis. Em 30 minutos (tempo da minha estação até a estação mais próxima da escola), você se sentia em países como : Tailândia, China, Japão, Coréia (eu sei que para vocês até agora, são todas as mesmas culturas, mas não são! Existem diferenças entre os "olhos puxados",tá? rs), Brasil (milhares de brasileiros! Qualquer gracinha que você falar dentro de um skytrain, a propabilidade de alguém entender é de 70%), Latinos e Europeus.
Skytrain faz falta para aqueles que o conhecem, e já o usufruiram.
Praticidade, chances nulas de você se perder, pontualidade e costuma passar de cinco em cinco minutos.Logo, não há motivo de desespero caso perca o último que passou.
Ainda rezo para que um dia nossa região ganhe um meio de transporte desses...

Enfim, uma das melhores coisas que Vancouver pode lhe oferecer, de verdade.

Principal estação: Waterfront Station



Beatriz Dias

segunda-feira, 24 de março de 2008

Lembranças, doces lembranças

Demorei um pouco para postar aqui,assumo... Mas antes via esse blog como uma obrigação. Hoje, ao me sentar e lembrar da viagem, percebi que postar aqui, me fará reviver alguns dos sentimentos que vivenciei em Vancouver...



Beatriz em Jericho Park,Vancouver, Ca.

Será difícil, muito difícil descrever em algumas palavras os dois meses que definiram minha vida... Uns podem achar que é exagero, mas nao tentem julgar, ninguém esteve em meu lugar.

Lá fiz amigos. Uns pra vida inteira, outros que valeram de ter conhecido. Me apaixonei, tentei desapaixonar. Quis esquecer, mas era fraca demais. Gritei no meio da rua. Quis brigar. Mudei conceitos. Abri meu coração. Comi só porcaria. Já me senti só no meio da multidão. Já me senti sufocada com uma pessoa ao meu lado. Tentei esconder sentimentos como saudade, amor e fome (devido ao meu excesso de gastos em meus vícios: cds e perfumes).
Ri de chorar. Chorei em lugar público. Fiz amizade com um estranho que parecia um antigo amigo. Conversei com alguns por cinco minutos, mas os suficientes pra tornarem essa pessoa inesquecível. Durante alguns segundos quis voltar pra casa. Durante dois meses desejei de todo coração ficar..Me despedir não foi fácil. De um amigo estrangeiro que não falava português, de uma amiga guia turística, de um companheiro que sempre me deu um ombro amigo e me fez bem, de um professor que foi especial e me fazia gritar no meio da rua, de pessoas que me ouviram gritar "Awesome!" e sempre passavam rindo, de um guarda que sempre mandava eu "evacuar a área", mas acabou virando um amigo, de uma doce "paixonite", que não foi fácil de esquecer, de segredos que eu guardei e que guardaram de mim, de um garçom que sabe que foi especial, e me fez sentir especial.
De momentos como todos os que eu passei em Vancouver, que valeram para crescer e ver que a vida pra mim está só começando.
Essa foi a primeira...de milhares...
Perdi dois meses longe de minha família, mas a valorizo mais devido à necessidade que percebi que possuo de os ter por perto nos momentos difíceis. Perdi dois meses longe dos amigos, mas sei que nada mudou. Perdi dois meses de sol e calor,mas a neve cumpriu seu dever de me entreter. Durmi em albergue, escorreguei na neve, fui à praia de casaco e calça comprida, passei frio. Fui no show da minha vida (Bon Jovi), num jogo que hóquei, andei de skytrain, fiquei sem dinheiro. Falei inglês, alemão, espanhol, koreano, japonês, chinês e francês. Aprendi em dois meses lá, o que jamais aprendi na escola em 10 anos. Aprendi que tenho meu valor, que pessoas sentirão o minha falta, mas com certeza, nao é nem metade da falta que sinto delas.


Juro, que voltarei a postar com um pouco menos de melancolia,rs.
Mas para minha apresentação, nada melhor do que expor os sentimentos que passaram por mim lá. E mostrar a importância que essa viagem teve em minha vida.


Beatriz Dias

domingo, 23 de março de 2008

Bonito e de graça!

É inevitável. Chega uma época que, coincidência ou não, a turma toda acaba sem dinheiro. Ou pelomenos 50% dela. Da-lhe pizza de 2 dólares no almoço e sofás da escola durante a tarde. Mas e no final de semana?
Pode parecer mentira, mas num lugar como Vancouver, se você não se propuser a conhecer parques, igrejas, centros culturais, você só tem duas escolhas: ficar em casa 'mofando' ou deixar de comer a semana toda. Uma época em que isso acontece muito é naquela semaninha entre Natal e Ano Novo, quando você teve que trocar presentes com a sua 'homestay fami
ly' toda. A história das datas festivas fica pra depois. Muitas dicas rolam ali no meio. Mas isso não vem ao caso... não agora.
Dá pra ver muita gente torcer o nariz pra esse tipo de programa, mas conhecer lugares como o Lynn Canyon Park é uma boa saída pra quem tá sem din-din.
O parque fica
localizado no Lynn Valey, em North Vancouver (North Vancouver), o que se pode chamar de "extensão da cidade de Vancouver". Acreditem, tem pelo menos três diferentes lugares com o mesmo nome. No caso são: Vancouver, North Vancouver e Vancouver Island. Conhecido por ser preferência da 'elite', North Vancouver possui as casas mais belas da região. Sua atividade comercial é baixa, por ser uma área residencial. No verão, quando não estão profundamente adormecidos, é possível dar de cara com alguns ursinhos por lá. É raro as escolas mandarem alunos para casas de família em North Vancouver, por ser um pouco longe e necessitar de mais de um meio de transporte.
Pra chegar ao Lynn Canyon, o ponto de referência para todos é a estação Waterfront, do Shytrain (metrô aqui no Brasil!). O próximo passo depois de descer nessa estação, é o SeaBus. "Brasileiramente" conhecido como balsa, o SeaBus têm horários marcados de partida e, assim como praticamente tudo em Vancouver, os segue à risca. Em pouco mais de 10 minutos se chega à Lonsdale Quay Exchange, que é a estação em North Vancouver. Do outro lado do oceano, é só seguir as placas e pegar o famoso 'busão'. O ideal é andar sempre com um mapinha de todos os lugares que se pretende visitar, mas não se acanhe em pedir ajuda. Os motoristas de ônibus sempre dão aquela forcinha e avisam quando chegar, caso necessário. As plataformas de embarque nos ônibus são a 3 ou 6, de onde saem os ônibus 229 e 228. Eles te levarão ao pequeno paraíso de Lynn Canyon.
Não é difícil chegar ao parque. Grandes placas estão espalhadas pelo caminho e é sempre possíel encontrar pessoas que estejam indo pra lá. Basta seguir o fluxo!
A primeira passagem é a
Suspension Bridge (ponte suspensa). Uma pequena prova pra quem tem medo de altura. Com 48m de altura, essa é a ponte que serviu de cenário pro filme X-men 3. Parando no meio da ponte, a cena é linda. Uma cachoeira ao fundo e um rio que corre por debaixo dos nossos pés. Não tem como não olhar pra cima e agradecer por tanta beleza. O barulho das águas é tão tranquilizante que dá pra ficar ali boas horas. Depois da ponte, duas opções: cachoeiras ou lago congelado. Como a segunda opção é válida só no inverno, vamos falar da primeira então.
A impressão, ao chegarmos, foi de termos ido parar no cenário do filme A Lagoa Azul.
Um lago tão calmo e tão azul, cercado por altas árvores, como se estivesse sendo escondido. O sol batendo na superfície da água, refletindo as grandes copas verdes e um ar extremamente puro. É o que se encontra ao final da trilha. Pra chegar lá? Só seguir pelo lado direito da ponte suspensa. A caminhada é longa, por isso vale levar bastante água na mochila. A trilha necessita de um pouco de atenção, por isso é viável evitar de andar com as mãos ocupadas. O melhor meio é levar uma mochila espaçosa, onde caibam todas as coisas que você quiser levar. O que também deve ser levado em conta. Não precisa mais do que documentos, máquina fotográfica e um bom guarda-chuva. Acreditem, o tempo lá é imprevisível.
É possível subir nas pedras pra tirar fotos, mas isso tem de ser feito com muito cuidado. Um pisão em falso pode te levar pra dentro das águas geladas do lago. O ideal, também, é sair de casa cedo. No inverno, o sol de põe às 16hrs e 30min. Durante o caminho de volta, não se assuste se alguns cães aparecerem na sua frente. Os canadenses costumam levar seus labradores, goldens retrievers e outros grandes cachorros pra passear nas trilhas. Dá até pra se distrair e esquecer o cansaço daquela subida nada amigável.
E o quanto você paga por tudo isso? Nada!
Um paraíso, escondidinho, e de graça. Tem coisa melhor pra um domingo ensolarado?

Só mais uma dica... e bom passeio!

Mariana Pereira

segunda-feira, 17 de março de 2008

Recordações

Uma maneira fácil, divertida e gostosa de lembrar as pessoas que conviveram com você num lugar diferente, e talvez a mais usada, é a famosa “bandeira assinada”. Não sei bem ao certo quando isso começou, mas o fato é que a moda pegou de tal forma que, hoje em dia, é possível encontrar bandeiras assinadas por países como México, Suíça, Coréia, Japão, Alemanha e, é claro, Brasil.

Enquanto a máquina fotográfica registra lugares, a bandeira registra amigos. O que não significa que as fotos sejam dispensáveis em horas como essas (e, diga-se de passagem, em todas as horas. Quer coisa mais legal do que fotos?).

Dos mais variados tamanhos, essas bandeiras são facilmente encontradas em lojas de souvenir e por um preço bem bacana. Vale até uma pesquisa pra ver em qual loja é mais barato. Sempre tem uma que capricha mais do que as outras, o que resulta em alguns trocadinhos pro chocolate quente sempre muito bem vindo nos dias mais frios.

O que pode, também, ser um bom programa. Passar uma tarde toda num Tim Horton's, tomando chocolate quente, comendo Boston Cream, enquanto os amigos assinam aquele pedaço de pano que, no futuro (leia-se: quando você voltar pra casa), vai ter um valor inestimável.

Pode-se esperar os recados mais engraçados, fofos, sérios e sinceros. O legal é que você escolhe quem vai escrever. Pros "escritores de bandeiras", vale inventar. Desde ocupar o centro da folha de maple, até contorná-la, o bom é deixar a marquinha ali.

Mesmo aqueles que acham que é besteira, ao verem a cara de felicidade de todo mundo enquanto lêem recados de vários cantinhos do mundo, acabam se rendendo aos encantos da bandeira e comprando uma... ou duas, rs.

Fica aí a dica pra quem quer guardar tudo de uma viagem inesquecível

Mariana Pereira

quinta-feira, 13 de março de 2008

Uma terra desconhecida.


Beatriz e Mariana em Burnaby, Ca.


  • Duas passagens de avião;
  • Três malas ;
  • Um pouco de loucura;
  • Uma pitada de curiosidade;
  • Muita coragem;

Esses são os ingredientes principais para quem quer se aventurar por terras totalmente desconhecidas. O idioma, por mais que tenha sido estudado, não deixa de ser estranho. As pessoas falam rápido, não gaguejam e não pensam muito antes de falar. Eles sabem o que estão falando e sabem como falar!
Tudo é um mistério. Tudo é muito diferente. Aqui não cai neve, não se usa casacos enormes e pesados. As pessoas são mais alegres e receptivas. Mas lá... só quem foi, sabe como é.
Essa é a realidade de Vancouver, a cidade mais populosa da província canadense de Britsh Columbia.
Com cerca de 2.2 milhões de habitantes em sua área metropolitana, Vancouver é a cidade com o clima mais ameno. Diferente de Toronto, cuja temperatura pode chegar a -40ºC. O Canadá tem sido um destino muito procurado para aqueles que desejam estudar Inglês e até mesmo Francês, usado nas áreas de Quebec, Montreal, entre outras. Durante as férias de dezembro e janeiro aqui no Brasil, muitos estudantes de diversas idades procuram a terra que estampa a folha de maple em sua bandeira. Com um inverno um tanto quanto rigoroso, Vancouver pode receber cerca de 64 brasileiros em um único dia. E recebe!
Uma aventura interessante para aqueles que nunca saíram de casa para uma viagem grande, principalmente sem os pais. Mas nunca se esqueçam: levem muitos casacos, pois o inverno lá é bonito, porém muito gelado.

Somos duas “pré-adultas”, estudantes do 3º semestre de jornalismo, que se conheceram há um ano, o que nos torna ainda mais loucas. Três meses de convivência foi o suficiente para atravessarmos fronteiras, passarmos aproximadamente 20hrs dentro de um avião e dar uma voltinha ali no Canadá. Estávamos sozinhas, apesar do número de brasileiros e coreanos que nos cercavam.

Se você tem a intenção de, um dia, conhecer o país da folhinha de maple, não deixe de dar uma espiadinha vez ou outra (ou sempre!). Muitos lugares e muitas experiências fresquinhas estarão aqui pra todo mundo ver. E muitos micos também, pode apostar!

Ah sim, e não deixe de comentar. Nós agradecemos, nosso professor agradecerá e nossas notas também, rs.

Quem tiver interesse, pode saber mais sobre Vancouver acessando a página da cidade.

Bem vindos ao Folha de Maple...
Bem vindos a Vancouver!

Curiosidade: para quem não sabe, o nome do blog ("Folha de Maple") foi inspirado no símbolo que está estampado no centro da bandeira do Canadá. Aquela folhinha vermelhinha, sabe? O nome da árvore que "origina" aquela folha se chama Maple. Daí a idéia de colocar esse nome no blog. Uma pequena homenagem àquele símbolo tão famoso!



Mariana Pereira